Salve!
Já que estamos em clima de dia da consciência negra, vamos falar um pouco de música black.
O princípio de qualquer explanação sobre qualquer assunto normalmente é conceituar o que se vai discutir. Com música negra isso fica bem difícil, já que é um tema absurdamente abrangente.
Pausa para um causo.
Certa noite estávamos eu e Ferik a perambular pelas ruas de Sampa a procura de uma baladinha interessante. Paramos em frente à Sarajevo, perguntamos ao segurança o que rolava lá, ele disse que aquela noite era música black. Imediatamente nos veio à mente James Brown, Jorge Ben, Kool & the Gang. Entramos felizes e contentes, e ao atravessar um corredor (com certa dificuldade, pois tinha muita fumaça no ar), nos deparamos com uma salinha minúscula com um DJ tocando uma mistura de reggae com hip-hop, vários caras de dread e muita, muita fumaça. Fomos para o fundo do local, onde tinha um barzinho, sentamos numa mesa com dois rapazes e ficamos divagando a respeito da diversidade disso que se chama de música black.
Enfim, a música negra se espalhou por todo o mundo, e em cada lugar que parou se misturou com a cultura local, o que fez com que se criassem vários estilos a partir de uma única raiz. Embora exista uma enorme diversidade de vertentes, em todas elas há características em comum, como o balanço e a sensualidade do negro. Além disso, por ser uma manifestação cultural de um povo excluído, muitas vezes acaba tomando a forma de protesto: um meio de resistir à dominação mantendo sua identidade cultural – o que, cá entre nós, torna esta arte bem mais interessante.
Como não sou etnomusicista, vou discorrer sobre o pouco que conheço a respeito do tema, portando será um texto parcial e incompleto. Mas é de coração... :)
Obs: descobrimos uma pista de samba-rock no último andar da Sarajevo e terminamos a noite por lá mesmo.
Para facilitar a postagem, o texto será dividido em sete capítulos.
Capítulo I - O início
Dizem que a humanidade começou na África; logo, as primeiras manifestações musicais devem ter surgido por lá. É óbvio que hoje, se dermos uma voltinha pelo continente, não veremos tribos com argolas nos narizes batucando tambores. No entanto, alguns grupos de pesquisa musical procuram resgatar estes sons e fazem um excelente trabalho, nos colocando frente a frente com o que há de mais visceral em termos musicais. Minhas dicas são:
Mawaca – Tambores de Mina
Barbatuques – Djengo
Fanta Konatê – obra completa
Já que estamos em clima de dia da consciência negra, vamos falar um pouco de música black.
O princípio de qualquer explanação sobre qualquer assunto normalmente é conceituar o que se vai discutir. Com música negra isso fica bem difícil, já que é um tema absurdamente abrangente.
Pausa para um causo.
Certa noite estávamos eu e Ferik a perambular pelas ruas de Sampa a procura de uma baladinha interessante. Paramos em frente à Sarajevo, perguntamos ao segurança o que rolava lá, ele disse que aquela noite era música black. Imediatamente nos veio à mente James Brown, Jorge Ben, Kool & the Gang. Entramos felizes e contentes, e ao atravessar um corredor (com certa dificuldade, pois tinha muita fumaça no ar), nos deparamos com uma salinha minúscula com um DJ tocando uma mistura de reggae com hip-hop, vários caras de dread e muita, muita fumaça. Fomos para o fundo do local, onde tinha um barzinho, sentamos numa mesa com dois rapazes e ficamos divagando a respeito da diversidade disso que se chama de música black.
Enfim, a música negra se espalhou por todo o mundo, e em cada lugar que parou se misturou com a cultura local, o que fez com que se criassem vários estilos a partir de uma única raiz. Embora exista uma enorme diversidade de vertentes, em todas elas há características em comum, como o balanço e a sensualidade do negro. Além disso, por ser uma manifestação cultural de um povo excluído, muitas vezes acaba tomando a forma de protesto: um meio de resistir à dominação mantendo sua identidade cultural – o que, cá entre nós, torna esta arte bem mais interessante.
Como não sou etnomusicista, vou discorrer sobre o pouco que conheço a respeito do tema, portando será um texto parcial e incompleto. Mas é de coração... :)
Obs: descobrimos uma pista de samba-rock no último andar da Sarajevo e terminamos a noite por lá mesmo.
Para facilitar a postagem, o texto será dividido em sete capítulos.
Capítulo I - O início
Dizem que a humanidade começou na África; logo, as primeiras manifestações musicais devem ter surgido por lá. É óbvio que hoje, se dermos uma voltinha pelo continente, não veremos tribos com argolas nos narizes batucando tambores. No entanto, alguns grupos de pesquisa musical procuram resgatar estes sons e fazem um excelente trabalho, nos colocando frente a frente com o que há de mais visceral em termos musicais. Minhas dicas são:
Mawaca – Tambores de Mina
Barbatuques – Djengo
Fanta Konatê – obra completa
4 comentários:
só pra constar: um dos caras com quem batemos papo naquela noite era holding da Paula Lima.
ops, eu quis dizer roadie e não holding.
De malungo pra malungo!
Eu quero uma filial da Paula Lima para mim!
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