sábado, 17 de novembro de 2007

Música Negra

Salve!

Já que estamos em clima de dia da consciência negra, vamos falar um pouco de música black.

O princípio de qualquer explanação sobre qualquer assunto normalmente é conceituar o que se vai discutir. Com música negra isso fica bem difícil, já que é um tema absurdamente abrangente.

Pausa para um causo.

Certa noite estávamos eu e Ferik a perambular pelas ruas de Sampa a procura de uma baladinha interessante. Paramos em frente à Sarajevo, perguntamos ao segurança o que rolava lá, ele disse que aquela noite era música black. Imediatamente nos veio à mente James Brown, Jorge Ben, Kool & the Gang. Entramos felizes e contentes, e ao atravessar um corredor (com certa dificuldade, pois tinha muita fumaça no ar), nos deparamos com uma salinha minúscula com um DJ tocando uma mistura de reggae com hip-hop, vários caras de dread e muita, muita fumaça. Fomos para o fundo do local, onde tinha um barzinho, sentamos numa mesa com dois rapazes e ficamos divagando a respeito da diversidade disso que se chama de música black.

Enfim, a música negra se espalhou por todo o mundo, e em cada lugar que parou se misturou com a cultura local, o que fez com que se criassem vários estilos a partir de uma única raiz. Embora exista uma enorme diversidade de vertentes, em todas elas há características em comum, como o balanço e a sensualidade do negro. Além disso, por ser uma manifestação cultural de um povo excluído, muitas vezes acaba tomando a forma de protesto: um meio de resistir à dominação mantendo sua identidade cultural – o que, cá entre nós, torna esta arte bem mais interessante.

Como não sou etnomusicista, vou discorrer sobre o pouco que conheço a respeito do tema, portando será um texto parcial e incompleto. Mas é de coração... :)

Obs: descobrimos uma pista de samba-rock no último andar da Sarajevo e terminamos a noite por lá mesmo.

Para facilitar a postagem, o texto será dividido em sete capítulos.

Capítulo I - O início

Dizem que a humanidade começou na África; logo, as primeiras manifestações musicais devem ter surgido por lá. É óbvio que hoje, se dermos uma voltinha pelo continente, não veremos tribos com argolas nos narizes batucando tambores. No entanto, alguns grupos de pesquisa musical procuram resgatar estes sons e fazem um excelente trabalho, nos colocando frente a frente com o que há de mais visceral em termos musicais. Minhas dicas são:

Mawaca – Tambores de Mina
Barbatuques – Djengo

Fanta Konatê – obra completa

4 comentários:

Ferik disse...

só pra constar: um dos caras com quem batemos papo naquela noite era holding da Paula Lima.

Ferik disse...

ops, eu quis dizer roadie e não holding.

Fábio Cassimiro disse...

De malungo pra malungo!

Fábio Cassimiro disse...

Eu quero uma filial da Paula Lima para mim!