"O curso do verdadeiro amor nunca foi sereno", já dizia Shakespeare, ou então Balzac, "As grandes paixões são raras como as obras-primas".
Terminei de ler "Sobre o Amor", de Leandro Konder. Ele trabalha com textos produzidos por 23 autores(as) consagrados (as), como Sócrates, Cervantes (de Dom Quixote, narrativa que deu início a um novo gênero, o romance), Shakespeare, Rosa Luxemburgo, Guimarães Rosa, Drummond e Flaubert, entre tantos outros escritores importantes da literatura mundial.
Só para dar água na boca, e na tentativa de incitá-los a essa leitura, apresento uns trechos:
No capítulo sobre Marx, Konder diz: "...na realidade o homem 'naturalmente' rico é aquele que sente com mais intensidade a necessidade interior de se realizar através de múltiplas manifestações vitais, isto é, aquele cuja atividade essencial sensível está carregada de paixão".
"O amor é uma 'maneira universal' que o ser humano tem de se apropriar do seu ser como 'um homem total', agindo e refletindo, sentindo e pensando, descobrindo-se, reconhecendo-se e inventando-se".
Baseado em Goethe ele revela: "O amor é a forma mais radical de 'ir ao outro', de se reconhecer intimamente num ser humano diferente".
No capítulo sobre o francês Fourier a passagem que destaco é: "E insistia em que não se obrigasse jamais um ser humano a realizar a mesma atividade durante mais de duas horas seguidas, porque isso contraria uma das paixões radicais: a paixão de variar, de 'borboletear'.
Hegel diz: "O amor é o sentimento da igualdade da vida" e ainda, "Nada de grande se realizou no mundo sem paixão".
O livro é da editora Boitempo. Gostoso de ler, não apenas por causa de umas boas citações, mas para refletir sobre as diversas interpretações do amor em obras clássicas e para fomentar ainda mais a vontade de conhecer ou revisitar personagens como Raskolnikov, Madame Bovary, Sancho, Macbeth, Riobaldo...
Ferik
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Um comentário:
hmmm, como estamos inspiradas, não? hahaha
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