Um Brasil rico não basta
Apesar da crise internacional que se avizinha, com a queda das bolsas, o preço do petróleo, a estagnação econômica prevista para algumas grandes potencias, a inflação que se insinua universal, a crise energética e ambiental, o Brasil se projeta para ser uma grande nação nos próximos vinte anos.
Temos, como se sabe, um espaço privilegiado para a produção de commodities agrícolas, possuímos reservas imensas de petróleo, temos água para produzir energia limpa, conhecemos a melhor perspectiva para a produção de etanol, sem prejuízo para a agricultura, construímos um parque industrial bastante maduro, um sistema financeiro sólido, tanto do ponto de vista tecnológico quanto de serviços. Isso tudo, aliado a uma população etnicamente generosa e politicamente aberta, possibilita o advento de uma grande nação com características adequadas a este novo período da história universal.
Contudo, a relativa ignorância cultural de nossa burguesia, o atraso educacional quase endêmico e o distanciamento das classes sociais, pode desfigurar todas essas perspectivas e oportunidades. Podemos dizer inicialmente que a principal questão e que antecede à precariedade educacional é o problema da cultura.
O poder político e as elites econômicas não dão a menor bola para o desenvolvimento cultural e a criação artística. Consideram essas questões dois acidentes, ora para perturbar a cabeça dos jovens, ora para enfeitar o supérfluo da estética burguesa. Quando não caem na grosseria de achar que cultura é coisa de comunista e de veado. Sobra-lhes no máximo a fruição social dos eventos do mercado comercial da arte e o uso inadequado dos incentivos fiscais para suas empresas.
Claro que essa avaliação pessimista tem suas exceções, como tudo o que se quer demonstrar.
Mas isso precisa mudar para que o Brasil seja uma grande potência e a América Latina uma oportunidade. A União Européia não começou com a unificação da moeda. Terminou. Começou com um profundo ajuste cultural entre nações tão diversas quanto inimigas. Ajuste no interior e na fronteira das nações.
Como nosso povo é senhor de uma imensa criatividade e nossas instituições tem virtudes para assumir o melhor, falta apenas uma política cultural que não atrapalhe a vocação natural do homem e da sociedade brasileira para produzir arte e conhecimento.
A crise da TV Brasil e a incompreensão política com relação à TV Cultura são provas disso
fonte: blog do Jorge da Cunha Lima
Apesar da crise internacional que se avizinha, com a queda das bolsas, o preço do petróleo, a estagnação econômica prevista para algumas grandes potencias, a inflação que se insinua universal, a crise energética e ambiental, o Brasil se projeta para ser uma grande nação nos próximos vinte anos.
Temos, como se sabe, um espaço privilegiado para a produção de commodities agrícolas, possuímos reservas imensas de petróleo, temos água para produzir energia limpa, conhecemos a melhor perspectiva para a produção de etanol, sem prejuízo para a agricultura, construímos um parque industrial bastante maduro, um sistema financeiro sólido, tanto do ponto de vista tecnológico quanto de serviços. Isso tudo, aliado a uma população etnicamente generosa e politicamente aberta, possibilita o advento de uma grande nação com características adequadas a este novo período da história universal.
Contudo, a relativa ignorância cultural de nossa burguesia, o atraso educacional quase endêmico e o distanciamento das classes sociais, pode desfigurar todas essas perspectivas e oportunidades. Podemos dizer inicialmente que a principal questão e que antecede à precariedade educacional é o problema da cultura.
O poder político e as elites econômicas não dão a menor bola para o desenvolvimento cultural e a criação artística. Consideram essas questões dois acidentes, ora para perturbar a cabeça dos jovens, ora para enfeitar o supérfluo da estética burguesa. Quando não caem na grosseria de achar que cultura é coisa de comunista e de veado. Sobra-lhes no máximo a fruição social dos eventos do mercado comercial da arte e o uso inadequado dos incentivos fiscais para suas empresas.
Claro que essa avaliação pessimista tem suas exceções, como tudo o que se quer demonstrar.
Mas isso precisa mudar para que o Brasil seja uma grande potência e a América Latina uma oportunidade. A União Européia não começou com a unificação da moeda. Terminou. Começou com um profundo ajuste cultural entre nações tão diversas quanto inimigas. Ajuste no interior e na fronteira das nações.
Como nosso povo é senhor de uma imensa criatividade e nossas instituições tem virtudes para assumir o melhor, falta apenas uma política cultural que não atrapalhe a vocação natural do homem e da sociedade brasileira para produzir arte e conhecimento.
A crise da TV Brasil e a incompreensão política com relação à TV Cultura são provas disso
fonte: blog do Jorge da Cunha Lima
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