Por Alexandre Leite Proença (21.05.08)
O jornal Cruzeiro do Sul de hoje, publica uma matéria sobre a inauguração da nova unidade do Sesc em Sorocaba. Uma informação semelhante já havia sido publicado, no último número da revista Provocare.
Ambas as publicações mostram fotos e as dimensões da nova unidade e também divulgam o valor que será utilizado nesta obra: 30 milhões de reais. Para a população ter idéia destes valores, basta dizer que para a instalação da UFSCAR em Sorocaba, foi gasto até agora cerca de 15 milhões de reais.
Este gasto mostra a total falta de bom senso e de compromisso com a população que mora na periferia de Sorocaba, pois além do gasto absurdo, a referida obra será construída em um dos bairros mais ricos de Sorocaba. Esta região não tem nenhuma necessidade deste tipo de investimento, pois a população que mora em seu entorno tem os recursos financeiros suficientes para resolver suas necessidades culturais via mercado.
Por que em vez desta obra faraônica, não são construídas mais unidades dos diversos bairros de Sorocaba, atendendo desta maneira, a grande maioria da população que não tem condições financeiras para poder desfrutar de uma cultura de melhor qualidade.
Isto demonstra a total inversão de prioridades existente em nossa cidade: os maiores investimentos são realizados nos bairro da burguesia e da classe média alta, e na periferia “o que dá para fazer”, o “resto”, pois onde já se viu fazer um investimento destes para os mais pobres.
Segundo o conceito vigente nos setores mais ricos, isto seria “jogar pérolas aos porcos”.
Nos bairros da periferia são construídas “pistas de caminhadas” desprovidas de maiores investimentos de infra-estrutura e nenhum investimento em profissionais habilitados, para atender a população.
Em nosso bairro localizado na zona oeste da cidade de Sorocaba, é isto que acontece, a “pista de caminhada” não tem nenhuma segurança, sendo que já aconteceram muitos casos de violência e estupros no local. E a prefeitura não coloca guardas municipais para garantir a segurança do local.
E apesar de ser uma das regiões que mais cresce, juntamente com a zona norte, nós não temos nenhuma escola técnica profissionalizante, que ajudaria em muitos os nossos jovens. E bastaria uma pouco mais de bom senso e visão menos mesquinha, destinando uma parte deste gasto faraônico de 30 milhões de reais, para a construção de escolas técnicas aqui na zona oeste, quanto na zona norte de Sorocaba.
O sistema S, age de maneira a inviabilizara o atendimento aos trabalhadores, pois também cobra preços absurdos na mensalidades da maioria das suas unidades de educação.
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