José Saramago chorou quando terminou de assistir ao filme “Blindness”, baseado em seu romance “Ensaio sobre a cegueira”. Enquanto rolavam os créditos finais, disse que estava tão feliz quanto ao terminar de escrever o livro. O diretor Fernando Meirelles, ao seu lado, sapecou-lhe um beijo na careca.
domingo, 25 de maio de 2008
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Inversão de prioridades: nova unidade do SESC de Sorocaba custou o dobro do que custou o campus da UFSCAR na cidade.
Por Alexandre Leite Proença (21.05.08)
O jornal Cruzeiro do Sul de hoje, publica uma matéria sobre a inauguração da nova unidade do Sesc em Sorocaba. Uma informação semelhante já havia sido publicado, no último número da revista Provocare.
Ambas as publicações mostram fotos e as dimensões da nova unidade e também divulgam o valor que será utilizado nesta obra: 30 milhões de reais. Para a população ter idéia destes valores, basta dizer que para a instalação da UFSCAR em Sorocaba, foi gasto até agora cerca de 15 milhões de reais.
Este gasto mostra a total falta de bom senso e de compromisso com a população que mora na periferia de Sorocaba, pois além do gasto absurdo, a referida obra será construída em um dos bairros mais ricos de Sorocaba. Esta região não tem nenhuma necessidade deste tipo de investimento, pois a população que mora em seu entorno tem os recursos financeiros suficientes para resolver suas necessidades culturais via mercado.
Por que em vez desta obra faraônica, não são construídas mais unidades dos diversos bairros de Sorocaba, atendendo desta maneira, a grande maioria da população que não tem condições financeiras para poder desfrutar de uma cultura de melhor qualidade.
Isto demonstra a total inversão de prioridades existente em nossa cidade: os maiores investimentos são realizados nos bairro da burguesia e da classe média alta, e na periferia “o que dá para fazer”, o “resto”, pois onde já se viu fazer um investimento destes para os mais pobres.
Segundo o conceito vigente nos setores mais ricos, isto seria “jogar pérolas aos porcos”.
Nos bairros da periferia são construídas “pistas de caminhadas” desprovidas de maiores investimentos de infra-estrutura e nenhum investimento em profissionais habilitados, para atender a população.
Em nosso bairro localizado na zona oeste da cidade de Sorocaba, é isto que acontece, a “pista de caminhada” não tem nenhuma segurança, sendo que já aconteceram muitos casos de violência e estupros no local. E a prefeitura não coloca guardas municipais para garantir a segurança do local.
E apesar de ser uma das regiões que mais cresce, juntamente com a zona norte, nós não temos nenhuma escola técnica profissionalizante, que ajudaria em muitos os nossos jovens. E bastaria uma pouco mais de bom senso e visão menos mesquinha, destinando uma parte deste gasto faraônico de 30 milhões de reais, para a construção de escolas técnicas aqui na zona oeste, quanto na zona norte de Sorocaba.
O sistema S, age de maneira a inviabilizara o atendimento aos trabalhadores, pois também cobra preços absurdos na mensalidades da maioria das suas unidades de educação.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Único amor é hipocrisia
Danielle, mulher de François Mitterrand, escreveu ao povo francês depois das muitas críticas que recebeu por ter permitido que a amante do marido e a filha dos dois participassem da cerimônia fúnebre.
A carta, como diz o comentário anônimo que circula pela internet, “é um auto-de-fé no amor, na elegância, na generosidade e na lealdade a quem se ama”.
Veja a carta:
“Achar que somos feitos para um único e fiel amor é hipocrisia, conformismo. É preciso admitir docemente que um ser humano é capaz de amar apaixonadamente alguém e depois, com o passar dos anos, amar de forma diferente.
Não somos o centro amorável do mundo do outro. É preciso aceitar, também, outros amores que passam a fazer parte desse amor como mais uma gota d’água que se incorpora ao nosso lago.
É preciso viver sem mesquinhez, sem um sentido pequeno, lamacento, comum aos moralistas, aos caluniadores, aos paranóicos azedos que teimam em sujar tudo.
Espero que as pessoas sejam generosas e amplas para compreender e amar seus parceiros em suas dúvidas, fragilidades, divisões e pequenas paixões.
Isso é amar por inteiro e ter confiança em si mesmo.”
Danielle Mitterrand está com 83 anos.
fonte: blog do Favre
terça-feira, 20 de maio de 2008
E a Luta, Como Vai?
Recentemente tive a oportunidade de publicar, juntamente com o companheiro Lucio Costa, um artigo falando sobre a importância e as dificuldades da luta antimanicomial. (Revista Provocare, nº 12, dezembro de 2007).
Ontem, em razão da comemoração do Dia Nacional da Luta Antimanicomial (18 de maio), o vereador Dr. Antonio Sérgio Ismael (PT) convocou uma Audiência Pública na Câmara Municipal de Sorocaba, às 19h.
Compuseram a mesa representantes da Prefeitura, do Movimento Nacional, de Hospitais de Sorocaba e de associações em geral. Participaram do debate, também, trabalhadores da rede municipal de saúde mental, estudantes e professores universitários.
Impossível ignorar que houve uma certa polarização no debate. De um lado, pessoas que acreditavam na luta, apesar de todas as dificuldades (incluindo a falta de verba), de outro, os que achavam que estava tudo errado, que primeiro os hospitais precisariam de muita verba para se estruturarem, para depois trabalhar na re-inclusão dos pacientes na sociedade.
As explanações ficaram um pouco restritas a estatísticas, mas felizmente, no debate, o assunto se enriqueceu. A Profª Drª Valéria Lisboa, psicóloga e professora universitária (inclusive minha), lembrou que um detalhe importante era discutir-se o que era normal ou patológico. Contou que nos últimos anos aumentou drasticamente a prescrição de fluoxetina na rede pública; disse que era importante, acima de tudo, levar o debate da humanização para a formação acadêmica dos profissionais da saúde, para que a luta não vire uma simples burocracia.
Lucio Costa, presidente do C. A. de Psicologia da UNIP, perguntou como ficaria a situação dos manicômios judiciários; chegou-se a conclusão, infelizmente, de que o assunto que foge da alçada do Ministério da Saúde, pois este não tem poder nenhum sobre os internos que estão cumprindo pena. Comentou-se que em alguns locais já existem políticas de inclusão para criminosos com psicopatologias, mas isto depende totalmente da posição de cada juiz.
Uma profissional da rede pública lembrou que este não era o momento de discutir quem era a favor ou contra o movimento, pois este já estava instituído; o que tinha que ser debatido agora era quais os próximos passos a dar para que se construam cada vez mais CAPS, como favorecer a inclusão, etc.
A audiência encerrou-se por volta de 22h40, muitas divergências acabaram por ficar no ar devido ao pouco espaço de tempo. Escrevo, então, para colocar as minhas considerações acerca da atual conjuntura do tema.
Uma crítica foi unânime: a falta de verbas. A lei prevê uma série de cuidados para com o portador de transtorno mental que se tornam impossíveis de serem praticados, tanto no contexto hospitalar, quanto no sistema de CAPS, que ainda está sendo implantado.
Acontece que, enquanto os profissionais estão preocupados em debater o tema entre eles, a luta acaba ficando restrita a uma pequena parcela da população. O Plenário da Câmara, que já é pequeno, não chegou a lotar; um grupo de estudantes compôs o público. Sabemos que, sem pressão popular, a política não acontece.
Cabe a nós, então, levar o debate adiante. Precisamos deixar de lado a erudição e a vaidade, e falar de igual pra igual com o pedreiro e a dona de casa. À medida que o assunto toma visibilidade, fica mais fácil cobrar das autoridades, sejam elas municipais, estaduais ou federais.
domingo, 4 de maio de 2008
O Reducionismo e a Estereotipia na Mídia Tradicional
Acaba de passar no jornal da tv mais uma matéria ridícula criticando o sistema de seleção de alunos das universidades particulares.
Requentada é apelido, mas como nunca me pronunciei sobre o assunto aqui no blog, vou comentá-la.
Primeiro eles citam uma universidade como exemplo, no caso foi a UNIGRANRIO. Eles escolheram uma cujo sistema de aprovação é descaradamente ineficaz, mas há implícita uma crítica a vestibulares de universidades particulares em geral. Vestibular é modo de dizer, porque a maioria prefere o termo "processo seletivo".
Para tentar uma vaga na citada universidade, o aluno deve inscrever-se online, realizar a prova via internet na hora que quiser e o resultado vem por e-mail, meia hora depois. É óbvio que todos passam. Sendo assim, a equipe de reportagem, muito inovadora, convidou um grupo de crianças para realizar o teste e, claro, todos foram aprovados. Sim, eles foram superinovadores, afinal de contas, da última vez que uma matéria desse tipo foi veiculada (pelo mesmo jornal!), o "teste" foi feito com um analfabeto, e não com crianças. Muito originais.
Aí deram voz ao reitor da universidade. Ele foi muito enfático ao dizer que não dava o menor valor para os processos de seleção, e que, se dependesse dele, qualquer um poderia de matricular. É claro que sua fala foi cortada neste momento. Provavelmente, se ele pudesse terminar de falar, diria que a dificuldade em se inserir em determinada instituição não é termômetro para avaliar sua qualidade; que há, em toda e qualquer universidade, um processo de "seleção natural", assim como no mercado de trabalho, portanto, o fato de não haver um instrumento de seleção rígido não contribuía negativamente para a sociedade.
Mas não. A imagem que fica desta universidade (e de todas as outras onde todos são aprovados) é a de descompromisso com o ensino.
Não escrevo para defender universidades particulares, afinal, num sistema educacional ideal, todos teriam acesso gratuito do berçário ao doutorado, mas critico a mensagem subliminar de que o profissional formado pela particular é inferior ao da pública. Nada mais elitista, preconceituoso e medíocre.
Infelizmente, nada mais condizente com o atual contexto social. Numa sociedade onde é mais fácil ler um rótulo do que refletir, as pessoas que não entram numa universidade pública muitas vezes optam por perder anos das suas vidas em cursinhos ao invés de ingressar numa particular e se empenhar em ser um bom profissional. Muitos dos que têm condições de entrar numa pública (geralmente oriundos de colégios caros), aproveitam seus anos acadêmicos para cometer todo tipo de humilhação aos que não tiveram esta oportunidade, ao invés de usarem seus conhecimentos para o bem da população.
Os que entram em particulares, além do esforço natural para concluir o curso e se inserir no mercado de trabalho, têm sua auto-estima atacada a todo momento, e não raro precisam "provar" que podem ser tão competentes quanto os da pública.
Tudo isso chega a ser óbvio, mas a cada dia me certifico de que, pelo menos aqui, no capitalismo selvagem, universidade é troféu. O indivíduo passa a vida escolar se preparando, decorando tabela periódica, datas históricas e fórmulas matemáticas, ignorando outros aprendizados talvez mais importantes para sua vida, como noções de cidadania, convívio social e respeito ao próximo, para no final pegar seu prêmio: um diploma com o timbre de uma instituição de peso para emoldurar e pendurar na sua sala. Diploma esse que vai justificar qualquer ato que a pessoa venha a realizar profissionalmente, ainda que não traga benefício nenhum à humanidade.
Requentada é apelido, mas como nunca me pronunciei sobre o assunto aqui no blog, vou comentá-la.
Primeiro eles citam uma universidade como exemplo, no caso foi a UNIGRANRIO. Eles escolheram uma cujo sistema de aprovação é descaradamente ineficaz, mas há implícita uma crítica a vestibulares de universidades particulares em geral. Vestibular é modo de dizer, porque a maioria prefere o termo "processo seletivo".
Para tentar uma vaga na citada universidade, o aluno deve inscrever-se online, realizar a prova via internet na hora que quiser e o resultado vem por e-mail, meia hora depois. É óbvio que todos passam. Sendo assim, a equipe de reportagem, muito inovadora, convidou um grupo de crianças para realizar o teste e, claro, todos foram aprovados. Sim, eles foram superinovadores, afinal de contas, da última vez que uma matéria desse tipo foi veiculada (pelo mesmo jornal!), o "teste" foi feito com um analfabeto, e não com crianças. Muito originais.
Aí deram voz ao reitor da universidade. Ele foi muito enfático ao dizer que não dava o menor valor para os processos de seleção, e que, se dependesse dele, qualquer um poderia de matricular. É claro que sua fala foi cortada neste momento. Provavelmente, se ele pudesse terminar de falar, diria que a dificuldade em se inserir em determinada instituição não é termômetro para avaliar sua qualidade; que há, em toda e qualquer universidade, um processo de "seleção natural", assim como no mercado de trabalho, portanto, o fato de não haver um instrumento de seleção rígido não contribuía negativamente para a sociedade.
Mas não. A imagem que fica desta universidade (e de todas as outras onde todos são aprovados) é a de descompromisso com o ensino.
Não escrevo para defender universidades particulares, afinal, num sistema educacional ideal, todos teriam acesso gratuito do berçário ao doutorado, mas critico a mensagem subliminar de que o profissional formado pela particular é inferior ao da pública. Nada mais elitista, preconceituoso e medíocre.
Infelizmente, nada mais condizente com o atual contexto social. Numa sociedade onde é mais fácil ler um rótulo do que refletir, as pessoas que não entram numa universidade pública muitas vezes optam por perder anos das suas vidas em cursinhos ao invés de ingressar numa particular e se empenhar em ser um bom profissional. Muitos dos que têm condições de entrar numa pública (geralmente oriundos de colégios caros), aproveitam seus anos acadêmicos para cometer todo tipo de humilhação aos que não tiveram esta oportunidade, ao invés de usarem seus conhecimentos para o bem da população.
Os que entram em particulares, além do esforço natural para concluir o curso e se inserir no mercado de trabalho, têm sua auto-estima atacada a todo momento, e não raro precisam "provar" que podem ser tão competentes quanto os da pública.
Tudo isso chega a ser óbvio, mas a cada dia me certifico de que, pelo menos aqui, no capitalismo selvagem, universidade é troféu. O indivíduo passa a vida escolar se preparando, decorando tabela periódica, datas históricas e fórmulas matemáticas, ignorando outros aprendizados talvez mais importantes para sua vida, como noções de cidadania, convívio social e respeito ao próximo, para no final pegar seu prêmio: um diploma com o timbre de uma instituição de peso para emoldurar e pendurar na sua sala. Diploma esse que vai justificar qualquer ato que a pessoa venha a realizar profissionalmente, ainda que não traga benefício nenhum à humanidade.
Revista Provocare, número de Maio
A Revista Provocare acabou de sair da gráfica.
Editada pela jornalista votorantinense Luciana Lopez é um dos poucos veículos alternativos da cidade.
Editada pela jornalista votorantinense Luciana Lopez é um dos poucos veículos alternativos da cidade.
Mas como sempre o número é limitado, corram aos pontos de distribuição antes que acabe.
Entre os destaques, estão os textos sobre Banco de Alimentos de Sorocaba, enchentes do Rio Sorocaba, o artigo sobre Personagens do Terminal, um trecho histórico sobre a escravidão em Sorocaba, entrevista com gerente do SESC/SP, Danilo de Miranda, homenagem ao ator Paulo Autran, contos, poesias, entre outros. A capa aborda a questão da diversidade sexual.
A PROVOCARE é distribuída gratuitamente nos seguintes locais:
Sorocaba: Banca Campolim – Av. Antonio Carlos Cômitre, 672 / Revistaria Sorocaba - Shopping Sorocaba / SESC Sorocaba – Av. Washinton Luís, 446 / Padaria Buon Giorno – Rua Afonso Pedrazzi, 195 – Trujilo / Padaria Real – Rua da Penha, 1373 / Padaria Sabina – Rua Pereira da Silva, 1400 – Santa Rosália / Bar Depois – Cônego Januário Barbosa, 123 - Costela & Cia - Rua Fernando Silva, 38 - Jd Bandeirantes e Av. Barão de Tatuí, 1387 - Jd. Vergueiro / Mandala Bar - Rua Visconde de Taunay, 60 – Cerrado / Yoshis Restaurante – Rua Júlio Marcondes Guimarães, 189 – Campolim /Villa Moreno - Av. Domingos Júlio, 755 - Campolim / Transamérica Flat The First – Av. Prof. Izoraida Marques Peres, 193 – Campolim / Grand Hotel Royal – Av. Álvaro Soares, 451 / Grupo Imagem e Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região – Rua Júlio Hanser, 140 Votorantim: Banca Central – Av. 31 de março, ao lado da Prefeitura de Votorantim - Centro / Biblioteca Municipal - Boulevard Antônio Festa, 59 - Centro / Aquário Cultura – Av. Moacir Oséias Guitte, 41 - Centro / Auditório Municipal "Francisco Beranger" - em frente ao terminal de ônibus - Centro
sábado, 3 de maio de 2008
Felicidade sexual assegurada por lei
Constituinte equatoriana quer 'felicidade sexual' garantida por lei
Uma deputada constituinte governista no Equador propôs que o direito das mulheres à felicidade sexual seja garantido pela lei do país.
Maria Soledad Vela, que faz parte da Assembléia que está reescrevendo a Constituição do país, alega que as mulheres são tradicionalmente vistas apenas como objetos sexuais ou como reprodutoras.
Agora, segundo ela, as mulheres deveriam ter o direito de tomar decisões “livres, responsáveis e informadas” sobre suas vidas sexuais.
O objetivo expresso da Assembléia Constituinte é, entre outras coisas, tentar garantir uma melhor distribuição de renda e direitos para as comunidades indígenas e para os pobres.
Para Soledad Vela, as mulheres não deveriam ser deixadas de lado nesta lista.
Mas suas propostas provocaram uma intensa resposta – em sua maioria, sem surpresas, dos homens.
O deputado constituinte de oposição Leonardo Viteri acusou-a de tentar decretar “orgasmo por lei”.
Soledad Vela respondeu às críticas dizendo que nunca pediu o direito ao orgasmo, mas somente o direito de “desfrutar do sexo em uma sociedade mais livre, justa e aberta”.
BBC-Brasil
Companheira Maria Soledad:
Pode contar com nossa solidariedade e apoio irrestrito.
De nossa parte, nós, homens da esquerda latino-americana, de todos os matizes, buscaremos garantir a felicidade sexual de nossas camaradas.
Pedimos apenas um pouco de colaboração. E expectativas mais realistas.
Uma deputada constituinte governista no Equador propôs que o direito das mulheres à felicidade sexual seja garantido pela lei do país.
Maria Soledad Vela, que faz parte da Assembléia que está reescrevendo a Constituição do país, alega que as mulheres são tradicionalmente vistas apenas como objetos sexuais ou como reprodutoras.
Agora, segundo ela, as mulheres deveriam ter o direito de tomar decisões “livres, responsáveis e informadas” sobre suas vidas sexuais.
O objetivo expresso da Assembléia Constituinte é, entre outras coisas, tentar garantir uma melhor distribuição de renda e direitos para as comunidades indígenas e para os pobres.
Para Soledad Vela, as mulheres não deveriam ser deixadas de lado nesta lista.
Mas suas propostas provocaram uma intensa resposta – em sua maioria, sem surpresas, dos homens.
O deputado constituinte de oposição Leonardo Viteri acusou-a de tentar decretar “orgasmo por lei”.
Soledad Vela respondeu às críticas dizendo que nunca pediu o direito ao orgasmo, mas somente o direito de “desfrutar do sexo em uma sociedade mais livre, justa e aberta”.
BBC-Brasil
Companheira Maria Soledad:
Pode contar com nossa solidariedade e apoio irrestrito.
De nossa parte, nós, homens da esquerda latino-americana, de todos os matizes, buscaremos garantir a felicidade sexual de nossas camaradas.
Pedimos apenas um pouco de colaboração. E expectativas mais realistas.
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Soracaba na História mundial
Em 1 de Maio de 1910 a cidade recebia de um homem que ajudaria a definir o destino das ideologias na Europa, Alceste De Abris.
Alceste De Ambris* foi dirigente da União Sindical Italiana e esteve no Brasil entre 1910 e 1911, fugindo da repressão em seu país.
Viajou pelo estado de São Paulo realizando palestras para os operários, estando em Campinas em Abril de 1910 e em Sorocaba no 1o de Maio do mesmo ano. Ao voltar para a Itália é eleito deputado em 1913.
Porém, durante a 1ª Guerra Mundial De Ambris teria se convertido ao nacionalismo e se tornado grande amigo e companheiro de Gabrielle de D`Annunzio, poeta e romancista, francês de nascimento e considerado o precursor do fascismo na Itália.
E em 1918 D`Annunzio era um comandante militar italiano e tomou com um exército de 2 mil voluntário a cidade de Fiume (hoje Rijeka na Croácia) aos franceses, na expectativa que a Itália a anexasse.
O governo Italiano não só recusou-se anexar a cidade como também atacou o pequeno exército que resistiu. D`Annunzio decide então criar o Estado autônomo de Fiume, fazendo de si “Duce” (ditador) e declarando guerra às potências.
A experiência foi efêmera mas D`Annunzio convidou Alceste De Ambris para redigir a constituição do novo Estado, esta peça seria a precursora da ideologia do fascismo, tendo grande influência sobre Mussolini.
*Infelizmente as fontes mais confiáveis que encontrei foram do Wikipédia sobre Gabriele D`Annunzio e sobre Alceste De Ambris. Sobre a presença de Alceste De Ambris em Sorocaba ver jornal O Operário (1909-1914)
Assinar:
Postagens (Atom)