terça-feira, 11 de março de 2008

Congestionamento & Literatura


Segundo divulgado pelo portal IG, o índice de congestionamento na cidade de São Paulo bateu mais um recorde durante as manhãs no ano.

Às 9h desta terça-feira, o congestionamento chegou a 186 quilômetros, segundo boletim da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

"Índice de congestionamento"? Essa eu ainda não conhecia.

Acredito que o destino de toda grande cidade - inclusive bacaroço -, é sofrer um colapso final, durante um mega-congestionamento, que deverá ocorrer em escala planetária e levará à extinção da humanidade.

Restarão, talvez, alguns sobreviventes, nos túneis do metrô. Por pouco tempo.

Enquanto o amargedon não chega, e as filas de carros e ônibus são cada vez maiores, sugiro aos motoristas - e passageiros de ônibus -, que sempre carreguem consigo algum livro, relativamente volumoso. É a única saída nessas horas.

Uma sugestão em particular: o conto A auto-estrada do sul, publicado no livro Todos os fogo o fogo, de Júlio Cortázar.

Foi o primeiro relato ficcional a tratar de um congestionamento, de forma ao mesmo tempo leve e sufocante. O leitor sente-se, literalmente, num congestionamento.

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